Buraco negro de galáxia "Estrela da Morte" dispara a vizinha
Enviado: segunda jan 07, 2008 3:33 am
De acordo com novas descobertas dos observatórios da NASA, um poderoso jacto oriundo de um buraco negro supermassivo está despedaçando uma galáxia vizinha. Este violento acto, nunca antes observado, pode ter um profundo efeito nos planetas no percurso do jacto e pode despoletar intensas formações estelares no seu rasto destrutivo.
Conhecido como 3C321, o sistema contém duas galáxias em órbita uma da outra. Os dados do Observatório de Raios-X da NASA, Chandra, mostram que ambas as galáxias contêm no seu centro um buraco negro supermassivo, mas a galáxia maior tem um jacto emanando da vizinhança do seu buraco negro. A galáxia mais pequena aparentemente deslocou-se para a corrente deste jacto.
Esta galáxia "estrela da morte" foi descoberta devido a esforços combinados, tanto de telescópios orbitais como terrestres. Os telescópios espaciais Chandra, Hubble e Spitzer fizeram parte da equipa. O Very Large Array, em Socorro, Novo México, e os telescópios MERLIN (Multi-Element Radio Linked Interferometer Nertwork) no Reino Unido também foram necessários para esta descoberta.
"Já observámos muitos jactos produzidos por buracos negros, mas esta é a primeira vez que vemos um bater noutra galáxia como aqui," disse Dan Evans, cientista no Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica e líder do estudo. "Este jacto pode estar causando todo o tipo de problemas à galáxia mais pequena que está saraivando."
Os jactos dos buracos negros supermassivos produzem grandes quantidades de radiação, especialmente raios-X e raios-gama de alta energia, que podem ser letais em grandes quantidades. Os efeitos combinados desta radiação e partículas viajando quase à velocidade da luz podem deteriorar seriamente as atmosferas de planetas na corrente do jacto. Por exemplo, as camadas protectoras de ozono na atmosfera superior dos planetas podem ser destruídas.
Os jactos produzidos pelos buracos negros supermassivos transportam grandes quantidades de energia a enormes distâncias dos mesmos e afectam matéria em escalas muito maiores que o tamanho de um buraco negro. Aprender mais sobre os jactos é um objectivo essencial da pesquisa em Astrofísica.
"Vemos jactos por todo o Universo, mas estamos ainda a tentar compreender algumas das suas propriedades básicas," disse o co-investigador Martin Hardcastle da Universidade de Hertfordshire no Reino Unido. "Este sistema 3C321 proporcia-nos uma chance de aprender como são afectados ao colidir com algo parecido a uma galáxia e o que fazem depois."
O efeito do jacto na galáxia companheira é provavelmente muito substancial, porque as galáxias em 3C321 estsão extremamente perto a uma distância de apenas 20,000 anos-luz entre elas. Situam-se aproximadamente à mesma distância que a Terra se encontra do centro da Via Láctea.
Uma brilhante mancha em imagens do VLA e do MERLIN mostra onde o jacto colidiu com o lado da galáxia, dissipando alguma da energia do jacto. A colisão perturbou e deflectiu o jacto.
Outro aspecto único da descoberta em 3C321 é quão curto este evento é numa escala de tempo cósmica. Características observadas em imagens do VLA e do Chandra indicam que o jacto começou a impactar a galáxia há cerca de um milhão de anos, um pequena fracção do tempo de vida do sistema. Isto significa que tal alinhamento é bastante raro no Universo vizinho, o que torna 3C321 uma oportunidade importante para estudar tal fenómeno.
É possível que o evento não seja feito só de más notícias para a galáxia. O gigantesco fluxo de energia e radiação do jacto pode induzir à formação de grandes números de estrelas e planetas após a passagem inicial da onda de destruição.
Os resultados de Evans e seus colegas irão aparecer numa edição futura do Astrophysical Journal.
Fonte: Astronomia On-line
Conhecido como 3C321, o sistema contém duas galáxias em órbita uma da outra. Os dados do Observatório de Raios-X da NASA, Chandra, mostram que ambas as galáxias contêm no seu centro um buraco negro supermassivo, mas a galáxia maior tem um jacto emanando da vizinhança do seu buraco negro. A galáxia mais pequena aparentemente deslocou-se para a corrente deste jacto.
Esta galáxia "estrela da morte" foi descoberta devido a esforços combinados, tanto de telescópios orbitais como terrestres. Os telescópios espaciais Chandra, Hubble e Spitzer fizeram parte da equipa. O Very Large Array, em Socorro, Novo México, e os telescópios MERLIN (Multi-Element Radio Linked Interferometer Nertwork) no Reino Unido também foram necessários para esta descoberta.
"Já observámos muitos jactos produzidos por buracos negros, mas esta é a primeira vez que vemos um bater noutra galáxia como aqui," disse Dan Evans, cientista no Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica e líder do estudo. "Este jacto pode estar causando todo o tipo de problemas à galáxia mais pequena que está saraivando."
Os jactos dos buracos negros supermassivos produzem grandes quantidades de radiação, especialmente raios-X e raios-gama de alta energia, que podem ser letais em grandes quantidades. Os efeitos combinados desta radiação e partículas viajando quase à velocidade da luz podem deteriorar seriamente as atmosferas de planetas na corrente do jacto. Por exemplo, as camadas protectoras de ozono na atmosfera superior dos planetas podem ser destruídas.
Os jactos produzidos pelos buracos negros supermassivos transportam grandes quantidades de energia a enormes distâncias dos mesmos e afectam matéria em escalas muito maiores que o tamanho de um buraco negro. Aprender mais sobre os jactos é um objectivo essencial da pesquisa em Astrofísica.
"Vemos jactos por todo o Universo, mas estamos ainda a tentar compreender algumas das suas propriedades básicas," disse o co-investigador Martin Hardcastle da Universidade de Hertfordshire no Reino Unido. "Este sistema 3C321 proporcia-nos uma chance de aprender como são afectados ao colidir com algo parecido a uma galáxia e o que fazem depois."
O efeito do jacto na galáxia companheira é provavelmente muito substancial, porque as galáxias em 3C321 estsão extremamente perto a uma distância de apenas 20,000 anos-luz entre elas. Situam-se aproximadamente à mesma distância que a Terra se encontra do centro da Via Láctea.
Uma brilhante mancha em imagens do VLA e do MERLIN mostra onde o jacto colidiu com o lado da galáxia, dissipando alguma da energia do jacto. A colisão perturbou e deflectiu o jacto.
Outro aspecto único da descoberta em 3C321 é quão curto este evento é numa escala de tempo cósmica. Características observadas em imagens do VLA e do Chandra indicam que o jacto começou a impactar a galáxia há cerca de um milhão de anos, um pequena fracção do tempo de vida do sistema. Isto significa que tal alinhamento é bastante raro no Universo vizinho, o que torna 3C321 uma oportunidade importante para estudar tal fenómeno.
É possível que o evento não seja feito só de más notícias para a galáxia. O gigantesco fluxo de energia e radiação do jacto pode induzir à formação de grandes números de estrelas e planetas após a passagem inicial da onda de destruição.
Os resultados de Evans e seus colegas irão aparecer numa edição futura do Astrophysical Journal.
Fonte: Astronomia On-line