Cientistas identificam o mais pequeno buraco negro conhecido
Enviado: sábado abr 05, 2008 12:49 am
Se quiser saber quais são os objectos mais "duros de roer" do Universo, não vale a pena pequisar mais para além dos buracos negros. Estes estranhos objectos devoram o gás à sua volta e por vezes até estrelas inteiras. A gravidade de um buraco negro é tão forte que nada, nem mesmo a luz, pode escapar do seu domínio.
Mas tal como as equipas olímpicas de boxe têm os seus pesos-leves, algures nas profundezas do espaço existe o buraco negro mais leve do Universo. Mesmo assim é ainda um osso duro de roer, mas é mais pequeno e mais leve que todos os outros membros da sua espécie.
Os astrónomos podem até nunca descobrir o buraco negro mais leve do Universo, mas em resultados anunciados no passado dia 31 de Março, chegaram bem perto. Nikolai Shaposhnikov e Lev Titarchuk, que trabalham no Centro Aeroespacial Goddard da NASA em Greenbelt, Maryland, identificaram o buraco negro mais pequeno do Universo. Se pudesse ser colocado num balança gigante, este teria uma massa aproximada de 3,8 Sóis.
O Sol é um objecto gigante, e poderia albergar mais de um milhão de Terras. Então, um objecto com a massa de 3,8 Sóis soa a muito, mesmo muito. Mas é minúsculo quando comparado com todos os outros buracos negros. Anteriormente, o buraco negro mais pequeno tinha uma massa aproximada de 6,3 Sóis, e alguns buracos negros desregulariam completamente a nossa balança cósmica, tendo milhões ou até milhares de milhões de vezes a massa do nosso Sol.
O novo detentor deste recorde, conhecido como XTE J1650, formou-se no centro de uma estrela moribunda. O núcleo da estrela era um reactor nuclear gigante, gerando energia ao transformar os elementos leves tais como o hidrogénio, em elementos mais pesados como o oxigénio. Mas eventualmente, o reactor gastou o seu combustível e deixou de funcionar. O núcleo colapsou devido à sua própria gravidade e formou um buraco negro.
Os astrónomos pensam que este processo pode formar buracos negros até um limite mínimo de três vezes a massa do Sol. Se o núcleo de uma estrela é ainda mais pequeno quando ficar sem combustível, formará outro tipo de objecto, com o nome de estrela de neutrões. Por isso, o buraco negro XTE J1650 não só é o buraco negro mais pequeno que se conhece, como está também muito perto do tamanho mínimo possível de um buraco negro.
Surpreendentemente, as equações de Albert Einstein prevêm que um buraco negro com 3,8 vezes a massa do Sol teria um diâmetro de mais ou menos 24 km -- o tamanho de uma cidade. "Isto faz com que este buraco negro seja um dos objectos mais pequenos alguma vez descobertos para lá do nosso Sistema Solar," diz Shaposhnikov.
Shaposhnikov e Titarchuk fizeram a sua descoberta usando um pequeno satélite de baixo-custo, o Rossi X-ray Timing Explorer, da NASA, lançado no final de 1995. O Rossi é capaz de fazer medições extremamente precisas de gás que orbita buracos negros. Ao cronometrar o movimento do gás, os dois astrónomos foram capazes de medir a força do campo gravítico do buraco negro, que lhes diz qual a sua massa.
O buraco negro mais pequeno que se conhece pertence a um sistema binário de nome XTE J1650-500. Tem cerca de 3,8 vezes a massa do Sol, e é orbitado por uma estrela companheira, tal como ilustrado na imagem.
Crédito: NASA/CXC/A. Hobar
http://www.nasa.gov/images/content/220323main_tinyblackhole2_20080401_HI.jpg
Nesta ilustração vista de cima do buraco negro e do seu disco em volta, o gás espirala na direcção do buraco negro e acumula-se, criando uma espécie de congestionamento. Este congestionamento de matéria encontra-se mais perto para os buracos negros mais pequenos, por isso o raios-X são emitidos numa escala de tempo menor.
Crédito: NASA
Fonte astronomia online
Mas tal como as equipas olímpicas de boxe têm os seus pesos-leves, algures nas profundezas do espaço existe o buraco negro mais leve do Universo. Mesmo assim é ainda um osso duro de roer, mas é mais pequeno e mais leve que todos os outros membros da sua espécie.
Os astrónomos podem até nunca descobrir o buraco negro mais leve do Universo, mas em resultados anunciados no passado dia 31 de Março, chegaram bem perto. Nikolai Shaposhnikov e Lev Titarchuk, que trabalham no Centro Aeroespacial Goddard da NASA em Greenbelt, Maryland, identificaram o buraco negro mais pequeno do Universo. Se pudesse ser colocado num balança gigante, este teria uma massa aproximada de 3,8 Sóis.
O Sol é um objecto gigante, e poderia albergar mais de um milhão de Terras. Então, um objecto com a massa de 3,8 Sóis soa a muito, mesmo muito. Mas é minúsculo quando comparado com todos os outros buracos negros. Anteriormente, o buraco negro mais pequeno tinha uma massa aproximada de 6,3 Sóis, e alguns buracos negros desregulariam completamente a nossa balança cósmica, tendo milhões ou até milhares de milhões de vezes a massa do nosso Sol.
O novo detentor deste recorde, conhecido como XTE J1650, formou-se no centro de uma estrela moribunda. O núcleo da estrela era um reactor nuclear gigante, gerando energia ao transformar os elementos leves tais como o hidrogénio, em elementos mais pesados como o oxigénio. Mas eventualmente, o reactor gastou o seu combustível e deixou de funcionar. O núcleo colapsou devido à sua própria gravidade e formou um buraco negro.
Os astrónomos pensam que este processo pode formar buracos negros até um limite mínimo de três vezes a massa do Sol. Se o núcleo de uma estrela é ainda mais pequeno quando ficar sem combustível, formará outro tipo de objecto, com o nome de estrela de neutrões. Por isso, o buraco negro XTE J1650 não só é o buraco negro mais pequeno que se conhece, como está também muito perto do tamanho mínimo possível de um buraco negro.
Surpreendentemente, as equações de Albert Einstein prevêm que um buraco negro com 3,8 vezes a massa do Sol teria um diâmetro de mais ou menos 24 km -- o tamanho de uma cidade. "Isto faz com que este buraco negro seja um dos objectos mais pequenos alguma vez descobertos para lá do nosso Sistema Solar," diz Shaposhnikov.
Shaposhnikov e Titarchuk fizeram a sua descoberta usando um pequeno satélite de baixo-custo, o Rossi X-ray Timing Explorer, da NASA, lançado no final de 1995. O Rossi é capaz de fazer medições extremamente precisas de gás que orbita buracos negros. Ao cronometrar o movimento do gás, os dois astrónomos foram capazes de medir a força do campo gravítico do buraco negro, que lhes diz qual a sua massa.
O buraco negro mais pequeno que se conhece pertence a um sistema binário de nome XTE J1650-500. Tem cerca de 3,8 vezes a massa do Sol, e é orbitado por uma estrela companheira, tal como ilustrado na imagem.
Crédito: NASA/CXC/A. Hobar
http://www.nasa.gov/images/content/220323main_tinyblackhole2_20080401_HI.jpg
Nesta ilustração vista de cima do buraco negro e do seu disco em volta, o gás espirala na direcção do buraco negro e acumula-se, criando uma espécie de congestionamento. Este congestionamento de matéria encontra-se mais perto para os buracos negros mais pequenos, por isso o raios-X são emitidos numa escala de tempo menor.
Crédito: NASA
Fonte astronomia online