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EUA e Europa rejeitam excluir Farc da lista de grupos terroristas

Enviado: segunda jan 14, 2008 10:44 pm
por vinicius3232
s Estados Unidos e a União Européia rejeitaram o pedido do presidente venezuelano Hugo Chávez de tirar as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) das listas de grupos e organizações terroristas mantidas pela comunidade internacional.



As Farc "ganharam o rótulo de terroristas" e o governo dos Estados Unidos não cogita retirá-lo, afirmou hoje o porta-voz do Departamento de Estado americano, Sean McCormack.

Sobre o apelo de Chávez, McCormack disse: "Bom, desculpem-me, mas não aceitaremos esse conselho. As Farc ganharam seu lugar no rol do terrorismo", acrescentou. "Se houvesse alguma razão para tirar um grupo da lista de terroristas, então isso seria feito. Mas não tenho conhecimento de alguma mudança substancial no padrão de conduta das Farc que valha sua retirada da lista". Segundo o porta-voz, a libertação de duas prisioneiras na semana passada não muda o fato de que ainda há centenas de pessoas mantidas como reféns pelo grupo.

A mesma linha foi seguida pelo alto representante de Política Externa e Segurança Comum da União Européia (UE), Javier Solana, que declarou hoje que não há por que modificar a classificação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) como organização terrorista.


"Não acho que, neste momento, as circunstâncias" sejam propícias para a "tomada de decisões sobre um tema já decidido", disse Solona à Agência Efe.

Neste momento, declarou o representante, "na UE não há nenhum debate sobre as Farc ou a lista de organizações terroristas". "E não acho que vá haver um num futuro próximo", acrescentou.


  Nova classificação

Após sua intermediação no processo de libertação de duas reféns mantidas pela Farc na quinta-feira (10), o presidente venezuelano havia pedido à comunidade internacional que tanto as Farc como o Exército de LIbertação Nacional (ELN) fossem reclassificados de "grupos terroristas" para "forças insurgentes".



No mesmo dia, o governo colombiano já havia criticado a atitude de Chávez, classificando seu pedido como "insólito e desproporcional".