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Por uNi
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#49966
Chama-se MTDH (metadherina) e foi encontrado no cromossoma 8. Uma equipa de investigadores da Universidade de Princeptonnos, EUA, identificou-o como responsável por uma maior resistência a fármacos usados na quimioterapia e pelas metástases no cancro da mama. Mas, mais do que isso, perceberam também como actua que é o fundamental para o conseguir atacar.

A metastização e a resistência a fármacos são dois dos principais inimigos da sobrevivência ao cancro da mama. As metástases são mesmo a principal causa de morte no cancro da mama. Segundo estatísticas do Instituto Nacional de Cancro norte-americano, mais de 98 por cento dos doentes com cancro da mama sem metástases estão vivos cinco anos após o diagnóstico, algo que só se verifica em 27,1 por cento dos casos onde foram detectadas metástases.

Após três anos de trabalho e recorrendo a novas estratégias de investigação assentes em modelos informáticos, a equipa de investigadores percebeu que os doentes de cancro da mama mais agressivos e com metastases tinham várias cópias do methaderina. Em 30 a 40 por cento dos casos analisados o gene estava expresso de forma anormal. O artigo que faz a associação do MTDH com o cancro da mama foi publicado na Cancer Cell de Janeiro.

Alguns estudos anteriores tinham já encontrado ligações importantes entre alterações genéticas e a disseminação de um tumor mas, desta vez, a descoberta tem um maior alcance. É que não só este gene tem um ?duplo efeito? dado que a sua amplificação se traduz na metastização e na resistência a quimioterapia, como, por outro lado, os investigadores conseguiram perceber como tudo isto se processa. Algo fundamental para saber como desenhar novas estratégias de luta. Aliás, segundo revelou ao PÚBLICO Yibin Kang, o investigador principal deste trabalho, o ?ataque? já está a ser planeado com algumas empresas farmacêuticas.

Em resposta via email ao PÚBLICO, o investigador diz que a expressão deste gene foi encontrada nos vários tipos de cancro da mama e adianta: ?Já alargamos esta análise da dupla função do MTDH para outros tipos de cancro e já confirmámos que desempenha um papel importante também no cancro da próstata, que será divulgado brevemente noutro artigo?. Yibin Kang refere ainda que a equipa está já em negociações com empresas farmacêuticas para iniciar a produção de uma droga que poderá ser alvo de ensaios clínicos dentro de cinco ou dez anos. No entanto, Kang nota que o desenvolvimento de equipamentos que possam detectar esta expressão anormal do gene podem ser desenvolvidos mais rapidamente e ser usados pelos médicos para a tomada de decisões e escolha do tratamento mais adequado.

Fernando Schmitt, investigador especialista em cancro da mama no Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto, considera que este estudo dá a conhecer dados muito relevantes. ?Embora outros genes relacionados a metástases tenham sido identificados em cancro da mama, neste estudo demonstram-se o mecanismo da sua actuação, o qual foi validado em estudos com linhas celulares e ratinhos?. O investigador adverte apenas que é preciso esperar pela validação em ensaios clínicos para transpor estas descobertas para a prática clínica.


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recorrendo a novas estratégias de investigação assentes em modelos informáticos
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