- domingo mar 23, 2008 12:26 am
#30663
Júpiter é um local com manchas. Até existe a famosa Grande Mancha Vermelha - uma enorme e duradoura tempestade - que todos nós conhecemos, e de vez em quando nascem novas tempestades, criando características interessantes para os astrónomos, profissionais e amadores, observarem. A mais recente fornada de novas manchas só pode ser observada no ultravioleta, mas acrescentam um nível completamente novo de complexidade para os cientistas estudarem.
Io, uma das muitas luas de Júpiter, é vulcanicamente activo. Aí, erupções libertam grandes quantidades de enxofre para o sistema. Este enxofre é então ionizado e recolhido pela forte magnetosfera de Júpiter. As interacções entre os iões e a magnetosfera provocam auroras no espectro UV, semelhantes aos fenómenos que provocam as auroras boreais cá na Terra. Io deixa desta maneira uma 'pegada' em Júpiter e cria uma forma espiral que brilha nos dois pólos do planeta.
A rotação de Júpiter provoca a forma espiral da aurora: Io está 'ligada' numa mancha, e à medida que Júpiter roda, desenha um redemoinho que brilha no ultravioleta em torno do pólo. Os astrónomos tinham já previamente observado manchas na direcção contrária à mancha principal provocadas pela interacção com Io, mas estas novas imagens mostram uma mancha em frente da principal, essencialmente na direcção do fluxo de partículas que provoca o fenómeno.
As manchas foram descobertas por uma equipa da Universidade de Liège na Bélgica, a partir de imagens de Júpiter tiradas no ultravioleta pelo Telescópio Espacial Hubble. Descobriram que quando existem ténues manchas num dos hemisférios, existiam manchas múltiplas no outro. Os cientistas propuseram que um feixe de electrões estivesse a ser transferido de um hemisfério para outro, causando o aparecimento de manchas mais ténues. Os resultados do estudo foram publicados na edição mais recente das Geophysical Research Letters.
A imagem em baixo ilustra os diferentes mecanismos que criam as manchas aurorais. O grande disco em torno de Júpiter é a pluma de enxofre criada por Io. A linha azul entre Io e Júpiter é onde está ligada pelo enxofre ionizado, atraído e canalizado pela magnetosfera de Júpiter. As linhas vermelhas ilustram os possíveis feixes de electrões ligando os pólos, que criam as recém-descobertas manchas.
Quando o Hubble estiver reparado em Agosto, os cientistas esperam estudar com mais detalhe este fenómeno e melhor compreender esta complexa interacção.
Imagem em ultravioleta do pólo norte de Júpiter, obtida pelo Telescópio Espacial Hubble. Entre muitas outras estruturas aurorais, a pegada de Io é a característica mais próxima do equador, perto do centro da imagem. Esta mancha está sempre localizada perto dos pés das linhas do campo magnético ligadas ao satélite Io.
Crédito: LPAP/Universidade de Liège
O Telescópio Espacial Hubble obteve esta imagem do pólo de Júpiter no ultravioleta. Nesta configuração, a pegada de Io consiste de duas manchas no meio das imagens. A mancha mais ténue é a recém-descoberta mancha principal.
Crédito: LPAP/Universidade de Liège
Exemplo de uma mancha principal (a) no hemisfério Norte e (b) no hemisfério Sul.
Crédito: União Geofísica Americana
Ilustração tridimensional do mecanismo proposto para explicar as manchas principal e secundária da pegada de Io. O toro de plasma, formado por partículas ionizadas, vem do vucanismo de Io. O sistema formado pelas ondas de plasma geradas pelo movimento de Io na corrente de plasma está representado a azul. É a causa principal para a mancha principal em cada hemisfério. Os feixes de electrões estão representados a vermelho. Pensa-se que sejam a causa da mancha principal (Norte) e da mancha secundária (Sul).
Crédito: LPAP/Universidade de Liège
Fonte astronomia online
Io, uma das muitas luas de Júpiter, é vulcanicamente activo. Aí, erupções libertam grandes quantidades de enxofre para o sistema. Este enxofre é então ionizado e recolhido pela forte magnetosfera de Júpiter. As interacções entre os iões e a magnetosfera provocam auroras no espectro UV, semelhantes aos fenómenos que provocam as auroras boreais cá na Terra. Io deixa desta maneira uma 'pegada' em Júpiter e cria uma forma espiral que brilha nos dois pólos do planeta.
A rotação de Júpiter provoca a forma espiral da aurora: Io está 'ligada' numa mancha, e à medida que Júpiter roda, desenha um redemoinho que brilha no ultravioleta em torno do pólo. Os astrónomos tinham já previamente observado manchas na direcção contrária à mancha principal provocadas pela interacção com Io, mas estas novas imagens mostram uma mancha em frente da principal, essencialmente na direcção do fluxo de partículas que provoca o fenómeno.
As manchas foram descobertas por uma equipa da Universidade de Liège na Bélgica, a partir de imagens de Júpiter tiradas no ultravioleta pelo Telescópio Espacial Hubble. Descobriram que quando existem ténues manchas num dos hemisférios, existiam manchas múltiplas no outro. Os cientistas propuseram que um feixe de electrões estivesse a ser transferido de um hemisfério para outro, causando o aparecimento de manchas mais ténues. Os resultados do estudo foram publicados na edição mais recente das Geophysical Research Letters.
A imagem em baixo ilustra os diferentes mecanismos que criam as manchas aurorais. O grande disco em torno de Júpiter é a pluma de enxofre criada por Io. A linha azul entre Io e Júpiter é onde está ligada pelo enxofre ionizado, atraído e canalizado pela magnetosfera de Júpiter. As linhas vermelhas ilustram os possíveis feixes de electrões ligando os pólos, que criam as recém-descobertas manchas.
Quando o Hubble estiver reparado em Agosto, os cientistas esperam estudar com mais detalhe este fenómeno e melhor compreender esta complexa interacção.
Imagem em ultravioleta do pólo norte de Júpiter, obtida pelo Telescópio Espacial Hubble. Entre muitas outras estruturas aurorais, a pegada de Io é a característica mais próxima do equador, perto do centro da imagem. Esta mancha está sempre localizada perto dos pés das linhas do campo magnético ligadas ao satélite Io.
Crédito: LPAP/Universidade de Liège
O Telescópio Espacial Hubble obteve esta imagem do pólo de Júpiter no ultravioleta. Nesta configuração, a pegada de Io consiste de duas manchas no meio das imagens. A mancha mais ténue é a recém-descoberta mancha principal.
Crédito: LPAP/Universidade de Liège
Exemplo de uma mancha principal (a) no hemisfério Norte e (b) no hemisfério Sul.
Crédito: União Geofísica Americana
Ilustração tridimensional do mecanismo proposto para explicar as manchas principal e secundária da pegada de Io. O toro de plasma, formado por partículas ionizadas, vem do vucanismo de Io. O sistema formado pelas ondas de plasma geradas pelo movimento de Io na corrente de plasma está representado a azul. É a causa principal para a mancha principal em cada hemisfério. Os feixes de electrões estão representados a vermelho. Pensa-se que sejam a causa da mancha principal (Norte) e da mancha secundária (Sul).
Crédito: LPAP/Universidade de Liège
Fonte astronomia online