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Por VIP3R
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De acordo com novas imagens, uma cratera em Marte pode há muito tempo atrás ter sido um lago habitável. Capturadas pela sonda MRO (Mars Reconnaissance Orbiter), estas sugerem que a Cratera Holden, polvilhada com detritos, já teve uma calma massa de água que pode ter albergado vida. No entanto, não existem até agora nenhumas provas convincentes da existência de vida, passada ou presente, em Marte.

Os detritos na cratera incluem uma mistura de pedregulhos quebrados e de partículas mais pequenas chamadas megrabrecias.

"A Cratera Holden tem alguns dos mais bem expostos depósitos de lagos e de antigas megabrecias conhecidas em Marte," disse Alfred McEwen, cientista da câmara HiRISE da MRO. "Ambos contêm minerais que se formam na presença de água e marcam ambientes potencialmente habitáveis. Este seria um excelente local para enviar um rover ou uma missão de envio de amostras, de modo a fazer grandes avanços na questão da vida em Marte."

Essa missão poderá ser o Mars Science Laboratory da NASA, com lançamento previsto para o próximo ano. A Cratera Holden é um dos seis locais de aterragem em consideração.

A cratera de impacto Holden formou-se dentro de uma maior bacia de impacto que foi entrecruzada por canais grandes e naturais. Blocos de até 50 metros foram disparados desde a bacia pelo impacto, antes de caír novamente para a superfície e formar a camada de megabrecia.

A água mais tarde veio a assentar uma fina camada de sedimentos por cima da megabrecia, incluindo argilas que podem ter preservado quaisquer sinais de vida que possam aí ter existido.

"Se estivéssemos à procura na Terra por um ambiente que preservasse sinais relacionados com a habitabilidade, este é um dos tipos de ambientes que estudaríamos," disse John Grant, cientista da HiRISE.

A argila podia ter permanecido escondida se não fosse um toque de sorte, quando o limite da cratera Holden se desagregou devido à força de quase 4000 quilómetros cúbicos de água que continha. A cheia daí resultante desfez os blocos com tamanhos de um campo de futebol e deixou detritos destes enormes pedregulhos, diz Grant, mas também revelou partes das camadas argilosas.

O primeiro longo período molhado da Cratera Holden provavelmente durou milhares de anos, enquanto o segundo lago que se formou depois da quebra dos limites da cratera pode ter durado apenas centenas de anos, acrescenta Grant.

De acordo com os cientistas da HiRISE, grande parte das provas de longos períodos de condições molhadas em Marte assentam-se na história mais longínqua do planeta. A água pode ter fluído mais tarde devido apenas a eventos catastróficos, tais como impactos na superfície do planeta.




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Cientistas da equipa HiRISE descobriram o que pode ser um antigo lago habitável na Cratera Holden. Esta imagem mostra parte do limite exterior da Cratera Holden.
Crédito: NASA/JPL/Universidade do Arizona


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Ampliação de uma secção da imagem da HiRISE da Cratera Holden (direita), que mostra camadas reveladas quando o limite foi quebrado, libertando água que forçou a erosão de partes da cratera. Desde a parte de baixo até cima, estas incluem a base de megabrecia do impacto, contrastando com lisas camadas sedimentares, outra unidade um pouco mais escura e mais grosseira, e material escuro soprado pelo vento à superfície. Estas camadas correspondem às camadas no esquema (esquerda).
Crédito: NASA/JPL/Universidade do Arizona/J. Grant et al



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