- quarta jan 16, 2008 12:53 am
#21106
A sonda MESSENGER tirou esta imagem de Mercúrio no dia 13 de Janeiro, um dia antes de passar a 203 km da superfície do planeta.
Uma sonda da NASA com o tamanho de um carro passou ontem a 203 km da superfície rochosa e craterada de Mercúrio, tornando-se na primeira sonda desde 1975 a passar pelo planeta mais próximo do Sol.
A sonda MESSENGER viajou a 275.000 quilómetros por hora à medida que passava por cima de Mercúrio, numa missão desenhada para resolver alguns dos mistérios acerca do planeta mais interior do Sistema Solar.
"Foi fantástico," disse Michael Paul, engenheiro da missão. "Estivémos mais próximo da superfície de Mercúrio que a Estação Espacial Internacional está da Terra."
A MESSENGER passou basicamente ao longo do equador e a uma altitude ligeiramente maior que a originalmente planeada, mas a mudança não teve quaisquer efeitos negativos, disse Paul. Disse que a sonda ficou brevemente sem contacto à medida que passava por trás de Mercúrio mas que as comunicações foram rapidamente re-estabelecidas.
Em adição ao encontro de Segunda, espera-se que a MESSENGER passe novamente por Mercúrio em Outubro deste ano e em Setembro de 2009, usando o impulso gravítico do planeta para se guiar até uma órbita planeada de um ano em torno do planeta em Março de 2011.
Espera-se, hoje (de Terça-feira, dia 16), que a sonda transmita para a Terra os dados que recolheu durante o voo rasante, disse Paul. A NASA espera ter os primeiros resultados científicos disponíveis ao público no fim de Janeiro.
A sonda está recolhendo dados sobre a composição mineral e química da superfície de Mercúrio, sobre o seu campo magnético, a sua topografia superficial e as suas interacções com o vento solar. Mark Robinson da Universidade Estatal do Arizona em Tempe, EUA, membro da equipa científica da missão, disse que os sete instrumentos científicos da sonda foram ligados, embora alguns não sejam totalmente utilizados até que atinja órbita mercuriana daqui a três anos.
Quando a missão terminar, os cientistas esperam obter respostas sobre o porquê de Mercúrio ser tão denso e compreender a sua história geológica, a estrutura do seu núcleo rico em ferro e ainda outros mistérios.
As outras únicas vezes que Mercúrio foi visitado por uma sonda foram em 1974 e 1975, quando a Mariner 10 passou por lá três vezes, mapeando cerca de 45% da sua superfície.
Uma característica superficial de grande interesse para os cientistas é a Bacia Caloris, uma cratera de impacto com 1300 km de diâmetro, uma das maiores crateras do género no nosso Sistema Solar. Foi provavelmente provocada por um impacto de asteróide há muito tempo atrás. Ao estudar o material na cratera, os cientistas esperam aprender mais sobre a subsuperfície do planeta.
Mercúrio sofre a maior variação de temperaturas superficiais do Sistema Solar. Quando a sua superfície está virada para o Sol, as temperaturas atingem os 425º Celsius, mas na face oposta, as temperaturas podem descer até aos -185º C.
Lançada em 2004, a MESSENGER passou já duas vezes por Vénus e uma vez pela Terra.
Fonte: Astronomia On-line
A sonda MESSENGER tirou esta imagem de Mercúrio no dia 13 de Janeiro, um dia antes de passar a 203 km da superfície do planeta.
Uma sonda da NASA com o tamanho de um carro passou ontem a 203 km da superfície rochosa e craterada de Mercúrio, tornando-se na primeira sonda desde 1975 a passar pelo planeta mais próximo do Sol.
A sonda MESSENGER viajou a 275.000 quilómetros por hora à medida que passava por cima de Mercúrio, numa missão desenhada para resolver alguns dos mistérios acerca do planeta mais interior do Sistema Solar.
"Foi fantástico," disse Michael Paul, engenheiro da missão. "Estivémos mais próximo da superfície de Mercúrio que a Estação Espacial Internacional está da Terra."
A MESSENGER passou basicamente ao longo do equador e a uma altitude ligeiramente maior que a originalmente planeada, mas a mudança não teve quaisquer efeitos negativos, disse Paul. Disse que a sonda ficou brevemente sem contacto à medida que passava por trás de Mercúrio mas que as comunicações foram rapidamente re-estabelecidas.
Em adição ao encontro de Segunda, espera-se que a MESSENGER passe novamente por Mercúrio em Outubro deste ano e em Setembro de 2009, usando o impulso gravítico do planeta para se guiar até uma órbita planeada de um ano em torno do planeta em Março de 2011.
Espera-se, hoje (de Terça-feira, dia 16), que a sonda transmita para a Terra os dados que recolheu durante o voo rasante, disse Paul. A NASA espera ter os primeiros resultados científicos disponíveis ao público no fim de Janeiro.
A sonda está recolhendo dados sobre a composição mineral e química da superfície de Mercúrio, sobre o seu campo magnético, a sua topografia superficial e as suas interacções com o vento solar. Mark Robinson da Universidade Estatal do Arizona em Tempe, EUA, membro da equipa científica da missão, disse que os sete instrumentos científicos da sonda foram ligados, embora alguns não sejam totalmente utilizados até que atinja órbita mercuriana daqui a três anos.
Quando a missão terminar, os cientistas esperam obter respostas sobre o porquê de Mercúrio ser tão denso e compreender a sua história geológica, a estrutura do seu núcleo rico em ferro e ainda outros mistérios.
As outras únicas vezes que Mercúrio foi visitado por uma sonda foram em 1974 e 1975, quando a Mariner 10 passou por lá três vezes, mapeando cerca de 45% da sua superfície.
Uma característica superficial de grande interesse para os cientistas é a Bacia Caloris, uma cratera de impacto com 1300 km de diâmetro, uma das maiores crateras do género no nosso Sistema Solar. Foi provavelmente provocada por um impacto de asteróide há muito tempo atrás. Ao estudar o material na cratera, os cientistas esperam aprender mais sobre a subsuperfície do planeta.
Mercúrio sofre a maior variação de temperaturas superficiais do Sistema Solar. Quando a sua superfície está virada para o Sol, as temperaturas atingem os 425º Celsius, mas na face oposta, as temperaturas podem descer até aos -185º C.
Lançada em 2004, a MESSENGER passou já duas vezes por Vénus e uma vez pela Terra.
Fonte: Astronomia On-line