- quinta jul 12, 2007 7:32 pm
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Serafina Conceição Vilas Boas, residente em Quarteira, faleceu em 8 de Julho de 2005, com 86 anos, totalmente cega, à espera de uma intervenção cirúrgica às cataratas, requerida no Centro de Saúde de Loulé em 2003.Correio da manha
A família recebeu agora, dois anos após a sua morte, uma convocatória dessa unidade de saúde para se apresentar no Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, em Portimão, a fim de marcar a tão desejada operação.
?A minha mãe morreu desgostosa por ter vivido mais de dois anos completamente cega, sem dinheiro para recorrer a uma clínica privada e numa extensa lista de espera do Centro de Saúde de Loulé que a obrigou a viver na escuridão os últimos dias da sua vida?, reclama Fernanda Vilas Boas da Silva, filha da falecida, que não aceita o erro do Centro de Saúde de Loulé.
?Alguns meses após a morte da minha mãe recebemos uma carta do Centro de Saúde de Loulé a marcar-lhe uma consulta de oftalmologia?, explica Fernanda da Silva, que diz ter então contactado os serviços, informando do falecimento da mãe e tendo a garantia de que o nome seria eliminado no sistema informático.
?Não serviu de nada o alerta. Esta carta veio avivar o nosso sofrimento, por sabermos que a operação às cataratas, se tem chegado dois anos antes, poderia ter dado qualidade de vida à minha mãe?, queixa-se Fátima da Silva, recordando que um médico particular garantiu que para recuperar a visão ?bastaria uma simples operação às cataratas?.
?Não tínhamos a verba pedida, de milhares de euros, e a Segurança Social, para a qual os meus pais descontaram mais de 40 anos, não só a ignorou, como agora tem este comportamento negligente?, denuncia.