- quinta mar 27, 2008 12:52 pm
#31752
Uma poderosa explosão estelar que esmagou o recorde do objecto mais distante visível a olho nu foi detectada pelo satélite Swift da NASA na passada Quarta-Feira.
Esta explosão, conhecida como GRB (gamma-ray burst, explosão de raios-gama), também foi classificada como o objecto intrinsecamente mais brilhante do Universo já alguma vez observado por humanos.
"É espectacular - temos estado à espera de uma explosão de raios-gama assim tão brilhante desde que o Swift começou a observar o céu há três anos atrás, e agora descobrimos uma que é tão brilhante que foi até visível à vista desarmada embora a sua fonte esteja a metade da distância do Universo conhecido," disse David Burrows da Universidade Estatal Penn, que dirige a operação do telescópio de raios-X Swift e a análise dos dados que recolhe.
As explosões de raios-gama são as explosões mais luminosas do Universo desde o Big Bang e ocorrem quando estrelas massivas esgotam o seu combustível nuclear. o núcleo da estrela colapsa para formar um buraco negro ou uma estrela de neutrões e liberta uma intensa explosão de raios-gama altamente energéticos, bem como jactos de partículas.
Os jactos viajam pelo espaço quase à velocidade da luz, aquecendo o gás interestelar em volta como mega-maçaricos cósmicos, geralmente criando um brilhante resplendor crepuscular.
"Estes flashes ópticos das explosões de raios-gama são os fenómenos mais extremos que conhecemos," disse Derek Fox, membro da equipa científica do Swift, também da mesma Universidade. "Se esta explosão tivesse acontecido na nossa galáxia, teria brilhado mais que o Sol durante quase um minuto - definitivamente teriam sido aconselhados óculos de sol."
Peter Meszaros, membro da equipa e da Universidade, disse que uma combinação irregular de circunstâncias poderão ter estado na origem do brilho excepcional do GRB no visível.
"Quando o jacto que se formou durante a explosão da estrelar colidiu com as nuvens de gás da vizinhança, foram geradas ondas de choque que aqueceram o jacto," explicou. "O brilho excepcional desta explosão requer que o jacto tenha a combinação ideal de campos magnéticos e de velocidade, o que ocorre muito raramente."
Os astrónomos não sabem ao certo o que fez com que esta explosão, com o nome GRB 080319B, fosse tão brilhante, mas estão em marcha mais análises do evento. Esta explosão pode possivelmente ter sido mais energética que outras, ou a energia do GRB pode ter sido concentrada num jacto directamente apontado à Terra.
O brilho do GRB 080319B foi 2,5 milhões de vezes mais luminoso que a mais luminosa supernova já registada, o que o torna no objecto intrinsecamente mais brilhante alguma vez registado.
A estrela situa-se na constelação de Boieiro. Estimaram que se encontra uma distância de 7,5 mil milhões de anos-luz da Terra, o que significa que a explosão teve lugar quando o Universo tinha menos de metade da sua idade actual e por isso ainda antes da formação da Terra.
O mais distante objecto previamente observável a olho nu era a galáxia M33, a uns meros 2,9 milhões de anos da Terra.
O GRB foi detectado pelas 06:19 GMT do dia 19 de Março e foi um dos cinco GRBs detectados nesse dia, o mesmo dia em que o famosíssimo escritor de ficção científica, Arthur C. Clarke, faleceu.
"Por coincidência, o falecimento de Arthur C. Clarke parece ter feito o Universo explodir de raios-gama," disse Judith Racusin, da equipa científica do Swift e estudante da Universidade de Penn.
Imagem: http://www.nasa.gov/centers/goddard/ima ... 320_HI.jpg
Esta extremamente luminosa explosão de raios-gama foi capturada pelo telescópio Swift (esquerda) e pelo telescópio Óptico/Ultravioleta (direita). Foi de longe o mais brilhante GRB alguma vez observado.
Crédito: NASA/Swift/Stefan Immler, et al.
Impressão de artista de um GRB.
Crédito: NASA
Animação do GRB 080319B (ao centro).
Crédito: Pi of the Sky
Fonte astronomia online
Esta explosão, conhecida como GRB (gamma-ray burst, explosão de raios-gama), também foi classificada como o objecto intrinsecamente mais brilhante do Universo já alguma vez observado por humanos.
"É espectacular - temos estado à espera de uma explosão de raios-gama assim tão brilhante desde que o Swift começou a observar o céu há três anos atrás, e agora descobrimos uma que é tão brilhante que foi até visível à vista desarmada embora a sua fonte esteja a metade da distância do Universo conhecido," disse David Burrows da Universidade Estatal Penn, que dirige a operação do telescópio de raios-X Swift e a análise dos dados que recolhe.
As explosões de raios-gama são as explosões mais luminosas do Universo desde o Big Bang e ocorrem quando estrelas massivas esgotam o seu combustível nuclear. o núcleo da estrela colapsa para formar um buraco negro ou uma estrela de neutrões e liberta uma intensa explosão de raios-gama altamente energéticos, bem como jactos de partículas.
Os jactos viajam pelo espaço quase à velocidade da luz, aquecendo o gás interestelar em volta como mega-maçaricos cósmicos, geralmente criando um brilhante resplendor crepuscular.
"Estes flashes ópticos das explosões de raios-gama são os fenómenos mais extremos que conhecemos," disse Derek Fox, membro da equipa científica do Swift, também da mesma Universidade. "Se esta explosão tivesse acontecido na nossa galáxia, teria brilhado mais que o Sol durante quase um minuto - definitivamente teriam sido aconselhados óculos de sol."
Peter Meszaros, membro da equipa e da Universidade, disse que uma combinação irregular de circunstâncias poderão ter estado na origem do brilho excepcional do GRB no visível.
"Quando o jacto que se formou durante a explosão da estrelar colidiu com as nuvens de gás da vizinhança, foram geradas ondas de choque que aqueceram o jacto," explicou. "O brilho excepcional desta explosão requer que o jacto tenha a combinação ideal de campos magnéticos e de velocidade, o que ocorre muito raramente."
Os astrónomos não sabem ao certo o que fez com que esta explosão, com o nome GRB 080319B, fosse tão brilhante, mas estão em marcha mais análises do evento. Esta explosão pode possivelmente ter sido mais energética que outras, ou a energia do GRB pode ter sido concentrada num jacto directamente apontado à Terra.
O brilho do GRB 080319B foi 2,5 milhões de vezes mais luminoso que a mais luminosa supernova já registada, o que o torna no objecto intrinsecamente mais brilhante alguma vez registado.
A estrela situa-se na constelação de Boieiro. Estimaram que se encontra uma distância de 7,5 mil milhões de anos-luz da Terra, o que significa que a explosão teve lugar quando o Universo tinha menos de metade da sua idade actual e por isso ainda antes da formação da Terra.
O mais distante objecto previamente observável a olho nu era a galáxia M33, a uns meros 2,9 milhões de anos da Terra.
O GRB foi detectado pelas 06:19 GMT do dia 19 de Março e foi um dos cinco GRBs detectados nesse dia, o mesmo dia em que o famosíssimo escritor de ficção científica, Arthur C. Clarke, faleceu.
"Por coincidência, o falecimento de Arthur C. Clarke parece ter feito o Universo explodir de raios-gama," disse Judith Racusin, da equipa científica do Swift e estudante da Universidade de Penn.
Imagem: http://www.nasa.gov/centers/goddard/ima ... 320_HI.jpg
Esta extremamente luminosa explosão de raios-gama foi capturada pelo telescópio Swift (esquerda) e pelo telescópio Óptico/Ultravioleta (direita). Foi de longe o mais brilhante GRB alguma vez observado.
Crédito: NASA/Swift/Stefan Immler, et al.
Impressão de artista de um GRB.
Crédito: NASA
Animação do GRB 080319B (ao centro).
Crédito: Pi of the Sky
Fonte astronomia online